O diretor geral do Instituto Mexicano do Seguro Social (IMSS), German Martínez, foi demitido depois de conflitos com o governo mexicano sobre cortes no orçamento da área da saúde. A saída de Martínez gerou uma onda de críticas ao presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que tem sido acusado de impor políticas de austeridade que prejudicam o sistema de saúde do país. Martínez, que ocupava o cargo de diretor geral desde dezembro de 2018, alegou em sua carta de renúncia que as políticas fiscais do governo estavam colocando em risco a qualidade dos serviços de saúde no país, especialmente em relação ao atendimento aos pacientes mais vulneráveis. Ele também afirmou que o IMSS estava sendo usado para fins políticos e que havia uma interferência indevida do executivo no trabalho da instituição. A demissão de Martínez provocou protestos de funcionários do IMSS e de outros profissionais da área da saúde, que estão preocupados com o impacto negativo que as políticas de austeridade adotadas pelo governo podem ter no sistema de saúde do país. De acordo com especialistas, os cortes de orçamento podem levar ao fechamento de hospitais e clínicas, à demissão de profissionais de saúde e à redução da qualidade dos serviços prestados à população. Os críticos do governo acusam López Obrador de colocar em risco a saúde pública em nome de medidas econômicas que privilegiam os interesses das elites financeiras. Eles também questionam a gestão da pandemia de COVID-19 no país, que já matou milhares de pessoas e tem sido criticada por especialistas da área da saúde pela falta de coordenação e de recursos para lidar com a crise.